— ciclo para o património do vinho verde
Na cidade que é o ponto de partida da rota dos vinhos verdes juntamos viticultores, investigadores e apreciadores num programa de conversas, exposições e provas que decorre ao longo do ano.
Numa parceria com a Confraria do Vinho Verde, a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes e a Real Confraria Gastronómica das Cebolas, a Fundação Gramaxo levará até si um conjunto de iniciativas, hoje divulgado, e que constituirá, estamos certos, o primeiro de uma série de ciclos anuais sobre temas de interesse do nosso quotidiano.
O vinho é uma das primeiras criações da humanidade. Desde a Pré-história que o vinho terá sido por apreciado pelo homem. Por outro lado, ele representa uma série de descobertas relacionadas com as primeiras reações químicas que o homem terá produzido – a fermentação e a oxidação.
Entre nós, tal como por toda a Europa e Oriente, o vinho também é elemento fundamental desde muito cedo na história. A Arqueologia e a documentação histórica dão disso um testemunho. A cultura do vinho no nosso território é, por isso, muito antiga, com toda a probabilidade, pré-romana. Cristo, na última ceia, ofereceu o Seu sangue, sob a forma de vinho, tendo depois dado a própria vida. Esta transubstanciação, que vemos multiplicada em cada celebração da Santa Missa, associa estes dois líquidos considerados vitais – sangue e vinho. Por isso este, pelo seu carácter sacro dado por aquele, foi frequentemente utilizado na medicina popular.
Em termos sociais, o vinho é um elemento agregador, à volta do qual se reúnem amigos, com o qual se celebram êxitos e também, algumas vezes, com o qual se afofam mágoas. Mas a sua produção é um processo complexo. O cultivo da vinha e os cuidados com ela – enxertia, poda, tratamentos vários contra pragas – a vindima e todo o trabalho subsequente, o fabrico do vinho, são etapas fundamentais para a obtenção de um bom produto. A vitivinicultura é, por isso, abrangente. Do bacelo à comercialização do vinho, vai todo um mundo de trabalho (e de trabalhos). O Entre Douro e Minho é dominado pela produção de Vinhos Verdes, região cuja demarcação foi feita em 18 de Setembro de 1908.
Este HISTÓRIAS EM TONS DE VERDE, pretende ser um conjunto de momentos em que vários especialistas e investigadores conversarão connosco sobre o Vinho Verde, a sua História, as marcas que deixou na Cultura Popular, de como condicionou a Arquitetura Tradicional, de como o seu uso foi (e é) variado, das suas técnicas de fabrico, dos problemas inerentes à sua produção e até das perspetivas sobre o seu futuro.
Tudo isto acompanhado de provas de vinhos, de uma excelente exposição fotográfica e de outros momentos de partilha de saberes e experiências. — José Augusto Maia Marques
SESSÃO 1 - Sex 25 Out ▷ 18H30
OS MOSTEIROS E O VINHO – PARTILHA CULTURAL
Gonçalo Maia Marques (Instituto Politécnico de Viana do Castelo)
+OFICINA - Sáb 26 Out ▷ 11H
DA UVA AO LAGAR: NAS ORIGENS DO VINHO VERDE
https://www.fundacaogramaxo.com/evento/oficina-andquotda-uva-ao-lagar-nas-origens-do-vinho-verdeandquot/
SESSÃO 2
O VINHO NA CULTURA POPULAR NA TERRA DA MAIA
José Augusto Maia Marques (Fundação Gramaxo)
SESSÃO 3
O VINHO COMO AGREGADOR SOCIAL – VALOR MILITAR DO VINHO
Sérgio Veludo Coelho (Instituto Politécnico do Porto)
SESSÃO 4
A ADEGA – ELEMENTO ESTRUTURANTE DA CASA DE LAVOURA MAIATA
André Tomé Ribeiro (Câmara Municipal da Maia)
SESSÃO 5
NATUREZA E IMPACTO NO VINHO - TERRENO, CUIDADOS, PODA, SULFATAR…
Jorge Queiroz (Geociências, ambiente e ornamento do território)
SESSÃO 6
O VINHO: PROCESSO E PRODUTO
Convidado a confirmar